sexta-feira, 27 de junho de 2008

Ode ao Nada


As palavras escritas compulsivamente e sem sentido, me protegem.

Sem elas, fico nua dos meus fantasmas e sinto frio.

A estranheza das idéias me embala e o conforto está no desvio insuspeito de dúvidas.

Proteção efêmera de uma rosa em suspensão...

que deixa de ser ao sabor do tempo ido.

E, se tua origem se esvai, a biologia não faz mais sentido, aqui.

Está sob a terra pedaços de rosas, de mim, de tudo transformado em um novo nada, ciclos de regeneração.


Divinare.


Acreditamos na grandeza do pequeno e dos vermes que nos trazem às sombras reluzentes, fora do esteio da razão utilitarista porque há mais indícios daquilo que se foi descoberto sob um véu de poeira bendita.

O nada somos nós enquanto existentes pregnantes de tudo

Ser e Tempo
Sermos Nós:

Delirante, Lumet, Ma Belle e tu, ciber-lector,

que nos prestigias com a tua leitura salteada, produtor de teu sentido
amigos imemoriais...

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