sexta-feira, 31 de outubro de 2008
tourada de sonhos
escorregam sangue
amore de vermelho
te quiero
sem negar-te a maldição
que venha o inefável
encontro entre pulsões duais
unidas em Thanatos
verde em vermelho
gotas
dorsos e seios
em vestes esvoaçadas
de suor nocturnos em mim
Ave!
de quantas partes me sou
escondidas de mim?
Maya
(não mais)
até próxima descoberta insana
Touradas
vários touros amáveis
atrás de véus
encobertos
que saiam!
em direção à renda macia
bordados em bordeaux
no liquidificador de areias em nós.
quem de si teme tanto?
sometimes
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
fragmentos da eliucidez
(...)
a ira de Zeus açoita Pandora sobre a Terra qual vendaval...
Inside
náufrago’ mar é morto -1 caixão solitário à falecida paixão de Nietzche
no máximo algo além da última vírgula’ntes do final
& o que seria o fantástico na literatura?
... Closed
a’situações de ambigüidade nos deixam perguntas: “Realidade ou Sonho?”
qualquer acontecimento que fuja às leis desse mundo
o fantástico ocorrerá nesta incerteza’hesitação às leis naturais
“o leitor hesita entre as possibilidades ou a hesitação fica a cargo da personagem?”
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Ciber-Poéticas ou O Suco de Imagens Imemorial Upgraded
Individualismo,
transgressões,
reminiscências, rememorações, fragmentos de histórias relidas e contadas sob outras perspectivas, segredos insinuados de um proto-liquidificador.
As imagens nos constituem também em reverso ao longo da nossa vida ancestral de existentes históricos ( redundância #2). A estética nos dá vida assim como a parimos. Relação intrínseca mesmo no escuro das cavernas das ilusões neo-liberais desqualificadoras de auras.
Como fantasmagoria saudável, a imemorialidade das imagens, dos gestos e da palavra nos rondam e nos fazem seguir nosso precurso rizomático como viventes em iminência de resgastes, de caça e de novas apropriações.
E quando o prefixo re entra em cena, levanto as cortinas para a questão da necessidade de se entender metafisicamente a essência tecnologia ( a fôrma com que a técnica se desvela nos dias atuais).
Re poderia apontar para um necessidade de se compreender o quanto a distância do entendimento da técnica e de suas novas possibilidades nos tornam acriticamente encantados. Re-começar para não sucumbir ou não se deixar engolir pelas ondas de tecnicismos desumanizantes.
Neste grande suco fragmentário de vivências, sinais, afetos, imagens, consumo, textos, sub-informações, estamos desde há muito sendo transformados por forças as quais, não tão exteriores a nós, ficam desamparadas de nós ao ganhar um peso ou uma densidade de um modo quase autóctone. Com nossa permissão.
É bom escrever sem compromisso; por isso tenho este blog que se cria a partir de uma codificação de sinais de 0/1 que passa batida ao meu entendimento. Até que ponto sou uma criadora que não se transforma por algorítmos sem o saber?
A perpectiva do aparecimento de uma tempestade estampada na tela ou a possibilidade de esquinas outras nas telas do Renascimento chacoalharam a história um bocado.
Como viventes chacoalhados por neo-torrentes ancestrais também quero o dever e o direito de desvelamentos. Não me utilizo da técnica para fazer tão-somente ciber-sucos sem sabor.
E qual é a essência deste sabor?